Durante quase toda a minha vida tive cabelos compridos.
Só uma única vez eu resolvi cortar mais curto, mesmo assim não tão curtinho, nada de joãozinho – NUNCA – era mais um chanelzinho. Nesta época pela primeira vez na vida tomei sol na nuca sem estar com o cabelo preso. Depois deixei crescer. Acho que cabelo curto não combina comigo, nem com meu rosto.
Assim como eu acho que só combina comigo ser morena (em todas as tentativas de ficar loira eu me arrependi e voltei rapidinho), combina comigo cabelão.
Mas tem um mês mais ou menos que só penso em cortar a cabeleira. Decidi fazer isto após o Carnaval.
Mas não é nada dessa moda Victoria Beckham que se vê por aí, nada de modismos nos meus cabelos. Eu já sei exatamente o corte que quero e o “meu viado” é quem vai cortar.
O “meu viado” é como eu chamo carinhosamente meu cabeleireiro. Ele faz a minha sobrancelha há anos, nisso eu sou completamente fiel a ele. Já nos cabelos nem tanto, já cortei com outros, mas acabo voltando para ele.
Toda vez que corto o cabelo é a mesma ladainha. Chego ao salão empolgada, saio do salão ainda mais empolgada, chego em casa arrependida.
Nesta hora eu maldigo todos os cabeleireiros do mundo (“morte aos cabeleireiros!”, eu grito).
(muitos) Dias depois eu estou amando.
Aí eu dou o braço a torcer, digo que meu viado sabe mesmo das coisas. E volto sempre para ele.
Não adianta, é o meu processo, tenho que passar por ele.
Porque sim, sou apegada aos meus cabelos, sempre ouvi minha mãe dizendo que é a moldura da mulher.
E olha que meu viado adora cabelão, sabe que fica bem em mim, e quando diz que atrás só vai tirar um dedinho ele só tira um dedinho mesmo. Ele respeita.
E é por conta desse sofrimento que passo toda vez que corto os cabelos que eu só corto de verdade uma vez por ano. Nas outras vezes é de mentirinha, minha mãe corta as pontinhas (às vezes eu mesma faço isto).
Pois então este é o meu último mês de cabelão, vou aproveitar bastante que meu cabelo está lindo (mas se está lindo, para quê mudar?) e depois curtir uma versão cabelos médios (curtos nunca mais).
(Se daqui para lá eu não mudar de idéia)
Ah, falar de cabelos com mulheres... cada uma tem mil histórias para contar, depois conto as minhas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário