quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Sobre o título que escolhi para meu blog

Em primeiro lugar, escolhi este título porque sempre amei a música Primeiros Erros, de Kiko Zambianchi, e que depois foi tão bem interpretada pelo Capital Inicial, que eu adoro. É uma versão aperfeiçoada, embora eu já amasse a versão original. Eles conseguiram melhorar o que já era perfeito, um feito e tanto.

Primeiros Erros é a minha música favorita. Linda, linda, linda.

Em segundo lugar, a música me faz refletir acerca dos meus próprios erros.

Sim, porque eu já cometi muitos na vida.

Eu sempre me surpreendo quando entrevistam uma pessoa famosa e perguntam se ela mudaria alguma coisa na vida e ela responde que não, que não se arrepende de nada do que fez. Como assim? Uma vida perfeita? Sem erros?

Para mim é como diz Ana Carolina “Quem se diz muito perfeito / na certa encontrou um jeito / insosso / pra não ser de carne e osso”...

Pois bem. Eu me arrependo de algumas coisas que fiz sim.

Mesmo sabendo que tudo o que passei e os erros que cometi é que me tornaram a pessoa que sou, e gosto de quem eu sou, mesmo assim algumas coisas eu teria feito diferente.

Seja porque as minhas atitudes magoaram algumas pessoas que não mereciam ser magoadas, ou porque magoaram a mim mesma.


Primeiros Erros
Kiko Zambianchi

Meu caminho é cada manhã
Não procure saber onde estou
Meu destino não é de ninguém
E eu não deixo os meus passos no chão


Se você não entende, não vê
Se não me vê, não entende...
Não procure saber onde estou
Se o meu jeito te surpreende

Se o meu corpo virasse sol
Se minha mente virasse sol
Mas só chove e chove
Chove e chove...

Se um dia eu pudesse ver
Meu passado inteiro
E fizesse parar de chover
Nos primeiros erros
Meu corpo viraria sol
Minha mente viraria sol
Mas só chove e chove
Chove e chove...

Meu corpo viraria sol
Minha mente viraria
Mas só chove e chove
Chove e chove
Meu corpo viraria sol
Minha mente viraria sol
Mas só chove e chove
Chove e chove...


terça-feira, 30 de outubro de 2007

Apê

Há alguns posts atrás, escrevi sobre uma coisa que queria muito, um sonho realizado.

Pois bem, esse sonho era a compra do meu apartamento. Eu estava juntando dinheiro há quatro anos e comecei a procurar desde o começo do ano, mas sem pressa.

Então eu visitei um apartamento e foi amor à primeira vista. Não era o maior que vi, mas me apaixonei. Para minha surpresa foi o mais barato que encontrei dentro do padrão que estabeleci. Meu namorado vivia me dizendo que eu queria um apartamento classe A com preço classe C, e que isso era impossível achar.

Quando encontrei “o” apartamento, o corretor me disse que já havia alguém interessado, e que o casal vendedor havia dado um prazo para a pessoa conseguir o financiamento, que acabaria dali a quatro dias. Eu já havia passado uma noite em claro, sem conseguir dormir de ansiedade, imaginei como seriam as próximas quatro noites.

Mas meu maravilhoso namorado ligou para a esposa e conseguiu convencê-la a vender o apartamento para mim!

Foi tudo muito rápido: eu olhei o apartamento numa terça, meu amor olhou na quarta e me disse exatamente o que eu queria ouvir, eu fiz a proposta no mesmo dia, eles aceitaram na quinta e o contrato estava assinado na sexta.

Eu fiquei tão louca com o meu futuro cantinho que fechei negócio sem nem meus pais verem. Eles, meu filho e irmãs só foram conhecer o apê no domingo. Todo mundo saiu de lá encantado, menos meu filho, que queria um quarto maior, capaz de abrigar uma festa do pijama para 9 coleguinhas...

A espera agora é por conta do processo de financiamento de uma parte do valor.

Enquanto isso, tudo que eu penso, vejo, pesquiso e falo é sobre a decoração que pretendo fazer. Eu quero que meu cantinho que seja aconchegante, delicioso... quero que fique a minha cara!

Outro dia vi num site de uma astróloga americana que só vou pensar em coisas de casa nos próximos 6 meses, quase uma obsessão, e acho que ela acertou em cheio!

Nesta minha busca, encontrei dois blogs com idéias incríveis sobre decoração e paisagismo, e quero compartilhar: o primeiro é da Simone Quintas e o segundo da Thaís Lauton, ambas trabalham na revista Casa e Jardim. São idéias refrescantes, que provam que para se decorar bem uma casa, mais do que dinheiro é preciso ter criatividade. E que mesmo espaços pequenos podem - e devem - ter verde. Acho que plantas e flores alegram um ambiente!

Nossa, não vejo a hora de começar a decorar!

E não vejo a hora de começar a receber meus amigos, marcar jantarzinhos ou drinks antes de uma balada, lá em casa!

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Sobre funerais

Sexta-feira passada fui ao enterro do pai de uma colega de trabalho. Parecia que eu estava adivinhando, eu quase nunca visto preto, ainda mais numa sexta-feira, mas de manhã tinha colocado uma calça jeans preta e blusa preta.

Pela primeira vez na vida cheguei cedo a um funeral. Observar como tudo se passou desde o começo trouxe para mim uma nova perspectiva. Foi muito interessante e me fez refletir muito.

Eu presenciei a minha colega afagando o pai morto, com os olhos inchados de chorar, mas também como ela teve que lidar com os aspectos burocráticos do enterro, como assinar papéis, essas coisas.

Eu vi o padre chegar como um homem comum e tirar da sua pasta tipo 007 o “kit funeral”, colocar tudo na mesinha, arrumar, vestir a batina e começar a missa, como se fosse um homem de negócios qualquer e como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo. Eu fiquei impressionada com os olhos aquele padre, com uma bondade e uma beleza fora do comum. Só a viúva e eu comungamos, isso também me impressionou.

Foi interessante ver as pessoas chegando, cumprimentando a família e umas às outras. Ver aquele que chegou mais cedo sair e não voltar mais. Ver os que chegaram atrasados. Ver os que fazem perguntas impertinentes no momento impróprio, sem a menor cerimônia.

Lá, pensei sobre como meus pais procuraram me preservar de velórios. Até os meus 16 anos eu nunca tinha ido a um, apesar de nessa idade já ter perdido três dos meus quatro avós.

A primeira vez que fui a um enterro foi do pai de uma colega de escola. A própria escola providenciou o ônibus do transporte escolar para que todos os colegas da sala fossem, e no horário de aula. Todos foram, por solidariedade, curiosidade ou simplesmente por farra – era melhor ir do que ficar assistindo aula. Assim, a minha primeira experiência não foi aquela coisa pesada e absolutamente triste, eu não conhecia o morto, e não tinha amizade com a filha. Mesmo assim assistir aquilo me deu vontade de chorar.

Também lembrei que no enterro do meu último avô eu estava separada do meu ex e ainda não namorava o meu atual, e como passar por aquilo tudo sozinha me fez sentir solitária. Chorei muito por meu avô, mas também por mim.

Ninguém está preparado para a morte. Eu refleti sobre como não estou preparada para a morte dos meus pais, e nunca estarei.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Discutindo a Relação

Como é sabido por todos, homem odeia discutir relação, coisa que o sexo feminino adora. Mário Prata diz que são sempre as mulheres que começam (e acabam) as discussões e as relações.

Mas esta regra, como toda regra, tem sua exceção.

O meu namorado adora discutir relação (muito embora ele não chame disto). Quando alguma coisa o incomoda ele me chama e diz: “precisamos conversar”.
Poderia ser o paraíso para algumas mulheres. Um homem que discute a relação, e que toma a iniciativa!

Pois bem. Eu odeio discutir relação.
Ou melhor, eu odiava. Eu não sabia fazer isto, para mim discutir relação era sinônimo de briga. Então eu ficava calada e deixava passar, ou eu explodia, falava umas coisas na cara e no minuto seguinte era como se nada tivesse acontecido, tudo estava bem de novo (para mim).

Eu confesso que hoje eu aprendi a discutir a relação. Aprendi com ele. Ele sempre começa, eu ouço, e, depois de uns minutos que parecem intermináveis, quando eu fico pensando no que falar, eu resolvo falar também.
Tem dado certo.
Não é uma coisa que acontece sempre (ainda bem).
Mas é bom que fique tudo “em pratos limpos”. É bom saber como ele se sente e dizer como me sinto. É bom não ter questões pendentes, acumuladas.
Sabe aquilo que não ficou bem resolvido e que um dos dois traz à tona meses, às vezes anos depois? Não temos.
Em muitos aspectos o meu amor é muito mais maduro do que eu e me ensina muito, apesar de eu ser mais velha que ele.

Esse meu lado ariano regido por Marte, masculino e guerreiro, que adora ficar com o controle remoto na mão mudando de canal, que não discute relação, que quer mandar em tudo, que não tem paciência, que não gosta de ficar horas no telefone, que não é muito meiguinho... ele transformou um pouco.
Para melhor.